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Mas se você tiver algum tempo sobrando, podemos conversar um pouco e eu explicarei brevemente sobre os caminhos que percorri como jornalista, professora - e conteudista Ead - e fotógrafa - com exemplos práticos. Então por favor, siga em frente.

Após 17 anos de docência no ensino técnico e superior presencial, e dez anos de prática em e-learning, há dois anos me dedico a produção, em tempo integral, de materiais e gravações para instituições de educação a distância. Para ver mais alguns exemplos de minhas teleaulas, você pode clicar aqui e também aqui.
Atuo como prof3ssora na rede municipal e estadual de ensino e sou presidenta da Comissão Municipal de Cultura de Imbituba/SC, onde também resido - me dividindo entre Santa Catarina e Curitiba.
Além de pesquisar para meu projeto de doutorado, onde quero amalgamar meus conhecimentos de audiovisual com m-learning para afetar (adolescentes em risco), atualmente faço o design instrucional de um projeto próprio e venho concorrendo a editais nas áreas em que trabalho.
A fotografia ainda é uma importante da minha existência artística.

Comecei minha vida profissional, no entanto, como jornalista freelancer, e aprendi - em 20 anos de experiência em comunicação - a ouvir e a observar os gestos, para muito além das palavras. Percebi que a verdade pode estar em lugares diferentes ao mesmo tempo e que o papel da/do repórter - de viver momentaneamente as aflições de outros seres humanos - me impele a refletir constantemente sobre minha própria existência e quais devem ser as prioridades da vida.
Enquanto coordenadora da assessoria de comunicação da Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra / SC), pude observar de perto a política agrária nacional, suas relações e contextos: muitas vezes violentos e sempre desiguais.
Realizei coberturas variadas e fotodocumentei todos (os projetos e)
os assentamentos do estado até
aquele momento. Produzi o plano de comunicação e o estratégico da superintendência e busquei a aproximação com a sociedade civil, através de projetos e parcerias. Supervisionei a produção de informativos; realizei atendimento a imprensa, apoiei a organização de eventos; fiz atendimento das famílias assentadas na Ouvidoria; recepcionei embaixadores, mediadores de conflitos, secretários de estado,procuradores, consulês; preparei coletivas; media trainings, entre outras tarefas enquanto chefe da assessoria de comunicação naquele contexto.
Todo o aprendizado que tive também como diagramadora do jornal Diário Catarinense (Grupo NSC) um ano antes, me serviu para garantir o cuidado com o conteúdo editorial da assessoria.
Viajei mais de 250 mil quilômetros de carro pelo Incra e conheci lideranças do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra, bem como centenas de famílias assentadas - e por assentar - de vários estados.
Infelizmente, documentei o ingrato protagonismo da gente brasileira, na guerra por respeito e, no caso, por um pedaço de terra. Sempre, ao saltar do carro - quando minhas botas tocavam
o solo árido e pedregoso em uma área acidentada, quase desértica onde pessoas haviam sido assentadas -percebia a força hercúlea que teriam que dispor para vencer naquela situação. Nessas ocasiões, ecoavam em mim as palavras amargas e certeiras de João Cabral de Melo Neto, em
“Morte e Vida Severina”, o dramático poema lindamente musicado por Chico Buarque:
“É uma cova grande pra teu defunto parco
Porém mais que no mundo te sentirás largo
É uma cova grande pra tua carne pouca
Mas a terra dada, não se abre a boca...
[...]É a parte que te cabe nesse latifúndio”.
A luta diária contra o preconceito e todos os tipos de adversidade - e isso significa: a vida - a violência e a morte - avizinhadas e íntimas, dia e noite, em tendas de lona preta, Uma experiência que nunca mais se apagou: inestimável e difícil.





Como fotógrafa, estou convencida de que a realidade tem muito mais que mil facetas; que uma ética fotojornalística / fotodocumental deve ter o compromisso com o respeito na alegria e na dor daquela ou daquele que é muito mais que um personagem: é outra ou outro ser humano.
Eu também aprendi que ensaios fotográficos tem muitas dimensões e camadas. Uma mistura de precisão, singularidade e casualidade, uma vez que a vida é fiel apenas à própria imprevisibilidade - e é exatamente isso que me mantém ainda apaixonada por relatar ou conceber uma realidade na fotografia.

